COMO CRIANÇA

Encanta-me o fato do nosso Pai nos chamar ao crescimento sem deixarmos de ser como criança. E Jesus, chamando um menino, o pôs no meio deles; E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como criança, de modo algum entrareis no reino dos céus. Portanto, aquele que se tornar humilde como este menino, esse é o maior no reino dos céus. O menor é o maior, estranho, parece contraditório, mas assim é a lógica do Reino, o Príncipe da Paz nasceu numa manjedoura. Não podemos ser independentes d’Ele nunca, não porque Ele esta interessado em nos manipular, mas porque essa é a nossa única forma de sobrevivência. No reino, independência é morte! E crescer, erroneamente nos lembra independência, lembra-nos de que seremos dono de nosso próprio nariz: “Agora eu posso, eu é que mando em mim, sou eu que pago minhas contas...”. É quase que inevitável, afundar-se neste mar do ego com tamanho peso de auto-suficiência.
O grande problema é que crescemos e perdemos essa lógica, achamos que podemos escolher nossos caminhos, que já sabemos tudo sobre a vida, a criação doa-se ao mundo sem dar ouvidos, antes sempre atentos, as palavras do criador. Pedro nos manda desejar afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo; Será que tomamos o leite certo?! Nosso crescimento ta tão estranho, parece que esse leite que bebiamos não nos fez muito bem. Crescer com Ele deveria suscitar em nós admiração maior do que a do primeiro amor, mas quanto mais crescemos parece que menos cremos, menos confiamos n’Ele e mais nos apoiamos em nossas bases mal definidas.